quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Protesto dos Professores

Professores querem implantação do piso salarial nacional (Foto: Rogério Uchôa)
"Mais um dia sem aula. Mais um dia de matérias atrasadas. E menos um dia de esperanças de conseguir uma vaga nas universidades públicas”. Foi com essas palavras que a estudante do convênio, Carolina Oliveira, 17 anos, resumiu a sua indignação por mais uma paralisação dos trabalhadores da educação pública do Pará - a quarta apenas este ano.
São 27 mil trabalhadores nas escolas estaduais, entre professores e outros servidores. Na manhã de ontem, alguns professores se reuniram na avenida Augusto Montenegro para caminharem rumo à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), para a última rodada de negociações pela implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), aprovado há um ano e pela atualização do piso da categoria. Os trabalhadores pedem que seja pago o valor nacional. “Aqui no Pará eles pagam um salário mínimo por cada 100 horas de serviço trabalhado. Se a jornada for dupla, não alcança nem o piso mínimo que deveria ser pago para quem tem apenas formação regular”, explica Conceição Holanda, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp).
Durante o encontro com os representantes do Sintepp, a Seduc ratificou que o governo vai cumprir o cronograma estabelecido e implantar o PCCR da categoria apenas em outubro. Sobre a equiparação do piso dos professores do Pará ao nacional, a Seduc informou que está esperando a publicação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que confirmou a constitucionalidade da aplicação do valor como base para os salários dos professores em todo país.
A categoria vai a realizar assembleia geral no próximo dia 25. “Se a maioria votar a favor de uma paralisação, vamos deflagrar greve por tempo indeterminado”, declarou Conceição.
Fonte: DOL (Quinta-Feira, 18/08/2011)

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