(Foto: Daniel Pinto) |
Professores da rede estadual de ensino
iniciam, a partir de hoje, uma paralisação por tempo indeterminado. A
previsão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará
(Sintepp) é de que, nos primeiros dias, a greve atinja 60% das escolas
da capital. A meta é estender o movimento para todas as escolas do
Estado. Cerca de 800 mil alunos podem ter o calendário letivo
prejudicado.
A esperança de um acordo que pode
suspender a greve está em um encontro marcado para hoje entre os
coordenadores do Sintepp e os secretários de Promoção Social, Nilson
Pinto; de Educação, Cláudio Ribeiro; e de Administração, Alice Viana. O
encontro está marcado para as 11 horas e há muita expectativa em torno
da negociação.
Apesar de agendada a reunião, os líderes
sindicais decidiram manter a greve hoje. Eles estão convocando os
professores para um ato público a partir das 9 horas, na Praça
Santuário, em Nazaré. De lá seguirão a pé até o Centro Integrado de
Governo (que fica a uma quadra) para o encontro com os secretários.
Os professores reivindicam pagamento da
diferença entre o que recebem hoje e o piso nacional do magistério, que é
de R$ 1.187. Segundo cálculos do Sintepp, a diferença hoje seria de
apenas R$ 97 reais. O governo anunciou que desse valor, pagaria R$ 27, o
que não foi aceito.
O piso salarial dos professores foi
aprovado pelo Congresso e referendado pelo Supremo Tribunal Federal após
ser contestado judicialmente por cinco governadores. Neste ano, deve
haver reajuste o que poderá elevá-lo para cerca de R$ 1,3 mil.
No Pará, além de conceder os R$ 27 de
incremento para aproximar o salário do piso, o governo propôs implantar
já em setembro, e não mais em outubro, o Plano de Cargos, Carreiras e
Remuneração (PCCR) da Educação, aprovado pela Assembleia Legislativa em
junho de 2010.
Ontem, o DIÁRIO não localizou a direção
da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para comentar a greve, mas
em nota emitida após o anúncio da paralisação, na semana passada, a
Seduc diz que o governo do Estado “mostrou todo o esforço em implantar o
Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), apesar da dificuldade
orçamentária encontrada no início deste ano - deixada pelo governo
passado”. “A atual gestão estadual fez os ajustes necessários no plano,
aprovado no ano anterior, mas não colocado em prática em 2010. O atual
governo cumpriu com a promessa e implantou o PCCR”.
Em relação ao piso salarial, segundo a
nota, a Seduc aguarda uma sinalização do Ministério da Educação, que irá
dar a complementação necessária a fim de que sejam pagos os 100% do
piso.
PISO SALARIAL
Os professores querem o pagamento
integral do piso nacional dos professores, de R$ 1.187, aprovado pelo
Congresso e referendado pelo Superior Tribunal Federal. A diferença para
o salário pago hoje seria de R$ 97, segundo o Sintepp. O governo do
Estado se comprometeu a antecipar R$ 27 da diferença, mas os professores
não aceitaram. (Fonte: Diário do Pará)
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