terça-feira, 22 de dezembro de 2009

SONHO DOCENTE

SONHO DOCENTE
CARMENCITA DA ROCHA
TÉCNICA DA USE 09

Roberto Carlos, nosso Rei em sua canção Além do horizonte existe um lugar... já diz a música. Mas que lugar? Pois na escola existe o horizonte é fora. Para o poeta o horizonte é o sonho. Para a criança o horizonte é a imaginação. E na educação qual é o horizonte? No horizonte educacional do docente existe o desejo, a paixão ou pelo menos deveria existir, pela educação como mudança para horizontes melhores.
Sabemos que nossos limites como educadores vão além do limite do muro. Nossos limites se prendem às regras e burocracias dentro de uma matriz curricular ou até mesmo dentro de um plano político pedagógico que não leva a uma transformação mais sólida na educação.
Cumprimos regularmente o que comporta a grade curricular e não nos libertamos das inúmeras algemas desta “grade”. Conhecemos, aprendemos, analisamos e até nos aprofundamos em teorias mais flexíveis para uma prática mais viável, contudo, não vemos além do horizonte de nossos limites como educadores. Até inovamos em um ou outro plano de ação, mas não registramos ou não defendemos aquilo que realmente acreditamos.
Se há uma falha no sistema educacional, esta existe, não por falta de novas e irreverentes metodologias, elas surgiram e surgem cada vez mais com os novos filósofos educacionais. Esta existe, infelizmente, a partir de uma desvalorização moral da pessoa do educador e do sistema educacional. Se falar de valorização do docente em termos salariais, parecerá um texto político de líder sindical, falarei de falta de valorização do próprio educador. Da sua própria falta de zelo para com as coisas educacionais. Eu nunca vi um pipoqueiro falando mal de sua pipoca; e um educador falando mal de seu produto?! Não me arrisco a falar quantos.
Se tivermos que valorizar o que temos de melhor, comecemos por uma valorização pessoal. Esperar uma valorização de outrem poderá ser tardia no momento e maior a frustração. Levanto a bandeira da pedagogia do amor, é muito bonita e válida, porém, poderia antes vir a igualdade para o amor ao docente. Nossos formadores infelizmente não nos ensinaram o melhor da pedagogia: Se eu conduzo alguém e estou apto para isto, deveria eu também saber além das habilidades a melhor maneira de inovar ao conduzir. Ensinamos, muitas vezes, exatamente como aprendemos, pois julgamos certo e é mais confortável.
Há tanta gente boa com idéias incríveis, mas que acreditam pouco em si. Não registram nem autenticam suas idéias diante de uma experiência inusitada.Se a matemática é pura lógica, então seria assim a fórmula educacional: PROFESSOR + VALORIZAÇÃO = (QUALIDADE EDUCACIONAL)

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